A primeira pergunta a se fazer aqui é se o açúcar pode mesmo ser considerado uma substância viciante.
A resposta é que qualquer substância que um ser humano pode desejar intensamente e buscar de forma compulsiva pode ser considerada viciante e o açúcar certamente se encaixa nessa categoria.
No entanto, sabemos hoje que a ênfase dos vícios não deve ser colocada sobre a substância ou o comportamento. Todos os vícios em substâncias e comportamentos compulsivos tem origem na dor, que pode ser sentida abertamente ou estar escondida no subconsciente.
O vício e a compulsão são condições de automedicação. Mais do que a busca por prazer, o vício em açúcar é uma tentativa de fugir de algum tipo de dor emocional ou desconforto. Ou seja, a questão não é por que o vício, mas por que a dor.
Você sente a necessidade de comer um doce quando está triste? Já parou para pensar sobre essa relação com o açúcar?
Se você identifica comportamentos compulsivos com doces e alimentos gordurosos e acha que eles são os vilões em sua vida, é preciso refletir um pouco mais a fundo.
A relação de vício/compulsão com açúcar e outros alimentos é, muito provavelmente, a “solução” encontrada para lidar com alguma dificuldade.
As pesquisas mais confiáveis mostram que o problema dos vícios e das compulsões não está nas substâncias ou nos comportamentos.
Até mesmo os famosos experimentos com ratos foram colocados em cheque. Quando se demonstrou que quando os animais não viviam sob as condições de estresse normalmente presentes na maioria dos estudos não se observava abuso no consumo (nem mesmo de substâncias com alto potencial aditivo).
Ou seja, o problema não estava nas substâncias que os ratos consumiam de forma compulsiva na maioria dos estudos sobre vício, mas nas condições de estresse a que estavam submetidos. Os comportamentos de vício eram apenas uma forma corporal (subconsciente) de aprendizado sobre como lidar com dores emocionais e desconfortos físicos.
Também nos humanos esses comportamentos de vício e compulsão ajudaram em algum momento e foram gravados pelos cérebros dos indivíduos como um padrão adaptativo de resposta, ainda que tenham se tornado posteriormente uma fonte de sofrimento e limitação.
Quando os gatilhos aparecem no presente na forma de estresse, ansiedade, emoções difíceis, eventos desafiadores, pessoas desagradáveis, etc., juntamente se apresenta a resposta condicionada.
Por esse motivo, tentar eliminar vícios e compulsões sem entender e transformar as feridas que os originaram é perda de tempo, energia e dinheiro.
Apenas falar sobre o problema também não vai resolver. Para mudar programações subconscientes como vícios, compulsões e traumas é necessário envolver as emoções e as sensações do corpo.
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